Construção de Brasília

 


A Construção de Brasília ocorreu entre 1956 a 1960, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek.

O empreendimento foi usado como propaganda nacionalista e modernista, para exaltar o crescimento econômico pelo qual atravessava o país.

A estrutura principal de Brasília, o chamado Plano Piloto, ficou pronto em apenas quatro anos.

Em 1987, a UNESCO declarou a cidade Patrimônio da Humanidade.

Construção de Brasília

O projeto para a jovem cidade foi escolhido através de concurso público. O vencedor foi o arquiteto Lúcio Costa, enquanto seu colega Oscar Niemayer – que já havia trabalhado com JK em Belo Horizonte/MG – seria o responsável pelo projeto dos edifícios.

Assim começou a mobilização de materiais, trabalhadores e recursos para erguer a capital. Tudo isso foi concentrado na empresa NOVACAP, presidida por Israel Pinheiro.

Calcula-se que Brasília tenha atraído cerca de 60.000 operários vindos de todos os cantos Brasil. Esses trabalhadores ficaram conhecidos como “candangos”, e para abrigá-los foram construídos barracões com estruturas mínimas. Em 1957, o entorno de Brasília já contava com mais de 12.000 habitantes.

A nova capital foi inaugurada em 21 de abril de 1960 em meio a uma grande festa. Para a ocasião, Tom Jobim compôs a peça “Brasília - Sinfonia da Alvorada”, com letra de Vinícius de Moraes. No entanto, devido aos atrasos nas obras, a sinfonia só estrearia um ano mais tarde.

Nos anos seguintes, ministérios, institutos, embaixadas e demais instituições políticas deixariam o Rio de Janeiro e se instalariam definitivamente na nova capital brasileira.

A partir de então, Brasília se tornaria a terceira capital do Brasil.

Custo da construção de Brasília

Calcula-se Brasília teria custado mais de 45 bilhões de dólares, porém seis meses antes do fim das obras, a verba destinada à construção de Brasília terminou.

Sem conseguir empréstimos junto ao FMI, Juscelino Kubitschek vendeu títulos da dívida pública e emitiu moeda. Isso acarretou o aumento da inflação e do custo de vida.

Os trabalhadores também sofriam pressão de todos os tipos para apressar a construção. Desde a jornada de dois turnos até a retenção de salário e corte de água. Não havia equipamentos de proteção específicos e mais de três mil operários morreram durante a construção de Brasília.

A ideia de uma nova capital

A ideia de transferir a capital do Brasil para o interior já existia desde os primeiros tempos da República.

Em 1892, o belga Louis Cruls assinalou um território no Planalto Central, entre nascentes de rios, que seriam ideais para a edificação do novo centro político.

Também havia a profecia de são João Bosco, apontando para espaço compreendido entre os paralelos 15 e 20 como o lugar do nascimento de uma nova civilização.

O fato é que JK buscava um lugar afastado do Rio de Janeiro e no meio do inabitado centro-oeste brasileiro por motivos geopolíticos: a capital não estaria tão vulnerável em caso de guerra, a pressão popular sobre o governo seria menor e iria contribuir para a ocupação do interior brasileiro.

O momento também era favorável, pois a Europa e os Estados Unidos viviam um período de recuperação econômica após a Segunda Guerra Mundial. Os ventos do otimismo e de prosperidade chegavam ao Brasil, com investimentos na indústria de transformação.

A década de 50 ainda traria o primeiro título em Copa do Mundo ao Brasil, em 58. Igualmente, a bossa nova, ritmo alegre e intimista, passa a ser a música nacional e trilha sonora desta época.

Tudo isso embalava o sonho de modernidade que o Brasil atravessava. Apesar das críticas, a oposição aprovou o plano e deu carta-branca a JK para fazer Brasília.

Resumo da Construção de Brasília

Atores

Juscelino Kubitschek, Lúcio Costa, Oscar Niemayer

Tempo

1956 a 1960

Antecedentes

Prosperidade econômica da pós-guerra

Causas

Povoar o interior do Brasil

Consequências

Endividamento, inflação e nova capital

 

 

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