Busto de Getúlio Vargas no centro do Rio de Janeiro |
A Era Vargas é dividida em:
- Governo Provisório -1930-1934
- Governo Constitucional - 1934-1937
- Estado Novo - 1937-1945
Governo Provisório (1930-1934)
O Governo Provisório é marcado pela centralização
do poder, pela eliminação dos
órgãos legislativos (federal, estadual e municipal) e ausência de
eleições.
Surgem novos ministérios como o
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde,
criados por conta do crescimento populacional e do êxodo rural.
O próprio nome do governo indica que Vargas deveria convocar eleições para
a presidência o mais rápido possível. No entanto, não foi assim.
A falta de eleições e a nomeação de interventores estaduais provocou a insatisfação
de vários estados. Especialmente, São Paulo, que pega em armas contra as decisões
de Getúlio Vargas.
Em 1932, ocorre a Revolta Paulista ou Constitucionalista de 1932. Diante do
conflito, Getúlio cedeu às pressões e convoca
eleições para a Constituinte. Esta criaria a Carta Magna em 1934, na qual introduziu
importantes mudanças políticas, como o voto
secreto e o voto feminino.
Vargas é eleito para a presidência por esta Assembleia e a próxima eleições
presidencial se realizaria em 1938.
Governo Constitucional (1934-1937)
O Governo Constitucional não é um período tranquilo. Os comunistas, mesmo
com seu partido ilegalizado, conspiram para derrubar o governo no episódio
conhecido como a Intentona Comunista.
Em novembro de 1935, os comunistas tentam sublevar os quartéis do Rio de
Janeiro, mas são denunciados e fracassam.
Dois anos depois, Getúlio Vargas alega que esquerda estava planejando outra
tentativa de golpe, o chamado Plano
Cohen. Na verdade, este era um documento elaborado pelo próprio governo para
servir de pretexto para declarar estado de sítio e inaugurar o Estado Novo.
Estado Novo (1937-1945)
O Estado Novo é considerado o período mais repressivo e ditatorial
da Era Vargas.
O Congresso é fechado, as eleições são canceladas e se anula a Constituição
de 1934. Para substituí-la se outorga a Carta Magna, em 1937, que suprime a
liberdade partidária, a independência entre os três poderes e o Federalismo.
Ademais, a partir de novembro de 1937, Vargas impõe a censura aos meios de comunicação
para impedir a mídia de divulgar uma imagem negativa do governo.
Em 1938, decepcionados com Getúlio Vargas, os integralistas tentam tomar de
assalto o poder. Liderados por Plínio Salgado e Gustavo Barroso, atacam o palácio
de Guanabara, mas são repelidos e seus participantes são presos ou exilados.
No plano econômico, Vargas adotou medidas de nacionalização de empresas. Os
trabalhadores urbanos receberam direitos através da CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho) que garantia a semana de trabalho de 48 horas e o salário mínimo.
No âmbito legislativo, estabeleceu o Código Penal e o Código de Processo
Penal.
Vargas e a Segunda Guerra Mundial
Com o início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil toma a decisão de
manter-se neutro diante do conflito europeu.
No entanto, no governo existem aqueles que são a favor de apoiar ao Eixo e
aqueles que pensam em apoiar os Aliados.
Pressionado pelos Estados Unidos, Getúlio Vargas decide declarar guerra à
Alemanha e cede uma base aérea para os americanos e, posteriormente, manda
soldados para Europa.
Em troca, recebe empréstimos que servirão para modernizar o armamento do
Exército brasileiro e construir a siderúrgica de Volta Redonda.
Fim da Era Vargas
A ida das tropas brasileiras à Europa abre um momento de reflexão no
Brasil. Afinal, como era possível lutar contra uma ditadura em solo europeu e
viver sob um regime similar?
Intelectuais e estudantes começam a fazer protestos exigindo eleições e
pedindo que Vargas termine com a censura.
Os militares se unem a setores menos conservadores e no dia 29 de outubro
de 1945, Getúlio Vargas foi deposto por um golpe militar, conduzido ao desterro na sua cidade natal,
São Borja/RS.
Este é o fim da Era Vargas, mas ele ainda voltaria em 1951, eleito pelo
voto popular.
Consequências da Era Vargas
A
Era Vargas marcou profundamente o Brasil, pois datam desta época a criação da Justiça do Trabalho (1939), instituição do salário mínimo, das
Leis do Trabalho (CLT) e da carteira profissional.
Surgimento dos ministérios da
Educação, Saúde, Trabalho, Indústria e Comércio.
Foi um governo autoritário, nacionalista e personalista, pois com a imprensa censurada não havia espaço para o debate.
Contexto histórico
A crise econômica de 1929 e da
República do café com leite, levam os estados que ficavam fora do jogo político
a se unir. Contestando o resultado das eleições provocam a deposição do
presidente Washington Luís, pelos gaúchos.
Getúlio Vargas assume o poder provisoriamente, comprometendo-se a convocar eleições.
Resumo
Atores |
Getúlio Vargas, comunistas,
integralistas |
Período histórico |
1930-1945 |
Antecedentes |
Deposição do presidente Washington
Luís, centralização do poder |
Características |
Governo marcado por disputas
internas, nacionalismo e autoritarismo. |
Consequências |
Criação da Justiça do
Trabalho (1939), do salário mínimo, das Leis do Trabalho (CLT) e da carteira
profissional.
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