Antigo Egito: religião, deuses, economia, sociedade



O Antigo Egito é o nome da civilização desenvolvida no norte da África, ao longo do rio Nilo, de 3.100 a. C. a 30 a. C. 

Graças à fertilidade das cheias, o império egípcio se expandiu, construiu pirâmides e templos incríveis, criou a escrita baseada em hieroglifos e um sofisticado sistema de medidas.

Religião do Antigo Egito

A religião do Antigo Regime politeísta, ou seja, os egípcios adoravam vários deuses.

Estes eram representados em forma antropozoomórfica, quer dizer, com corpo de ser humano (antropo) e cabeça de animal (zoo), como águia, lobo, etc.

Os egípcios tinham um calendário para as festas religiosas, realizavam procissões às cidades onde os deuses moravam e ofereciam presentes para que fossem generosos e os ajudassem no plantio e na colheita.

Os principais deuses do panteão Egito eram:

Amom 

O deus da atmosfera identificado com o ar. Amom é o mais misterioso dos deuses, pois ninguém poderia compreendê-lo em sua totalidade e era o único que estava em todos os lugares ao mesmo tempo.

Anúbis 

Possuía um corpo humano e cabeça de chacal. Nas mãos trazia um cetro e a cruz egípcia e era o responsável por conduzir o ser humano para a vida eterna. Considerado o senhor das tumbas, presidia a mumificação e os enterramentos, e seu culto foi popular durante a época faraônica.

Hórus 

Falcão que reinava nos céus e protegia os faraós. Os egípcios consideravam estas aves como elementos de ligação entre o céu e a terra. A figura de Hórus era encontrada nas lápides e paredes de túmulos reais.

Ísis

Personificada como uma mulher que levava um trono na cabeça, Ísis tinha uma enorme popularidade entre os egípcios e os núbios; e mais tarde, os gregos. Esposa de Osíris foi identificada como uma divindade que ajudava o ser humano entrar na vida eterna. Mais tarde, no Império grego, seu aspecto maternal foi ressaltado.

 (ou Rê)

Corpo humano e cabeça de pássaro, Rá era identificado com o sol e era o responsável pelo nascimento e o por do sol. Num das mãos, ele carregava a cruz egípcia e na cabeça, o disco solar envolto numa serpente, Nout.

Osíris 

O deus do mundo subterrâneo. Não podemos vê-lo como alguém malvado, pois toda a vida egípcia estava direcionada para o momento onde os mortais fossem encontrar Osíris.

Aton

O Egito também conheceu um curto período monoteísta quando foi instituído o culto a Aton, representada pelo disco do sol pelo faraó Akhenaton. Com a morte deste soberano, a religião dos antigos deuses foi restaurada.

Mapa do Antigo Egito

O Antigo Egito se organizou às margens do rio Nilo e estava rodeado de desertos, como podemos ver no mapa abaixo:



Economia do Antigo Egito

A economia girava em torno da agricultura, mas o comércio também era uma atividade importante dentro desta sociedade.

Os egípcios cultivam cereais como o trigo e a cevada, árvores frutíferas e criavam animais como ovelhas, cabras e bovinos.

O papiro que nascia às margens do Nilo era fundamental por ser o suporte dos documentos religiosos e civis. Também era usado para fazer esteiras, sandálias e cestas. Assim, várias pessoas se dedicavam a atividade de extração e transformação do papiro.

Sociedade do Antigo Egito

A sociedade do Antigo Egito era hierarquizada, mas não estática. No topo encontramos o faraó e sua família, seguido da nobreza, dos sacerdotes, agricultores, artesãos e escravos.

Faraó

O Faraó era o soberano e detinha o poder militar, político e religioso. Uma das principais preocupações do faraó era construir túmulos que garantissem a sua passagem para a outra vida. 

Deste mondo, ordenavam a edificação de pirâmides assim que chegavam ao trono (leia mais detalhes abaixo).

Escribas

Importantes funcionários reais que eram responsáveis pelo registro da produção, cobrança,  pagamentos de impostos e controle de soldados em tempos de guerra. Praticamente eram as únicas pessoas que sabiam ler e escrever.

Agricultores

Os agricultores dependiam das cheias do Nilo para fertilizar a terra e plantavam trigo e criavam animais.

Os camponeses não eram os proprietários da terra, que pertencia, em último caso, ao faraó. Por isso, parte da colheita ia para a família real, o Exército, os sacerdotes dos templos e os proprietários da terra.

Artesãos

Tanto homens quanto mulheres poderiam ser artesãos.

Existiam ofícios como poteiros, ferreiros, cesteiros, tecelões e ourives. Além disso, havia pintores, escultores e ebanistas que trabalhavam diretamente para o faraó, a nobreza, escribas, e sacerdotes dos templos.

Esses artesãos eram pagos com produtos agrícolas.

Escravos

Os egípcios faziam prisioneiros durante as guerras com nações vizinhas. Os escravos trabalhavam em várias funções como agricultores e artesãos e podiam até possuir terras e casar.

Faraó

Os faraós eram os reis e as rainhas do Egito, eram considerados deuses vivos. Todo reino lhes pertenciam e também comandavam o Exército e o comércio.

Tanto poder implicava em obrigações e uma delas era manter a “maat” – a ordem e justiça. Para ajudá-lo existia a figura do vizir, conselheiro, e milhares de oficiais.

O faraó podia ter várias esposas e todas moravam com ele no palácio. A mais importante era chamada de “Grande Real Esposa” e também era considerada uma deusa.

A morte do faraó era um grande acontecimento que era preparado com muita antecedência. Afinal, os egípcios não faziam distinção entre a vida terrena e a vida após a morte. Por isso, a morte significava que a jornada do faraó – um deus – seguiria após seu falecimento. Assim, ele era enterrado com todos os objetos que ele pudesse precisar para esta nova vida.

Os faraós e a mumificação 

O processo de mumificação consistia na utilização de produtos químicos para preservar o máximo o corpo do faraó. Estes ritos eram realizados por funcionários especializados e pelos sacerdotes dos templos. 

Primeiro se retirava os órgãos e cada um era colocado numa urna diferente. Isto acontecia porque o morto iria precisar desses órgãos na outra vida. 

Em seguida o corpo colocado imerso numa mistura de sal por 40 dias para retirar toda a água. Então, o interior do abdômen era preenchido com tecidos embebidos em resina. Por fim, o corpo era enfaixado. 

Uma vez preparado, o corpo era depositado em sarcófagos especiais e um túmulo de um faraó poderia ter três a quatro sarcófagos feitos em madeira. 

Só faltava, então, levar o sarcófago a sua morada final. A população acompanhava a procissão, enquanto os sacerdotes levavam tudo aquilo que o falecido precisasse na outra vida. 

Embora os egípcios cumprissem estes rituais, os ladrões de túmulos se encarregavam de ficar com a maioria desses objetos. 

 

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