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| Bala e revólver que mataram Getúlio Vargas |
Getúlio Vargas se suicidou em 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete, Rio de Janeiro.
Acusado de
ser cúmplice do atentado contra Carlos Lacerda e sem apoio dos militares,
Vargas decide tirar sua vida com um tiro no coração.
Da presidência ao suicídio
Após a
deposição de Vargas, em 1945, o ex-presidente se afasta a política. No entanto,
com o anúncio das eleições de 1950, Vargas se candidata pelo PTB e é eleito em
1950.
A população
pensava que seria um governo igual ou parecido com os quinze anos que
Vargas ficou no poder, de 1930 a 1945. No entanto, o cenário internacional era diferente.
Em 1953,
Vargas esperava receber uma ajuda dos americanos, tal como havia feito durante
a Segunda Guerra Mundial. Ao pedir um empréstimo de 250 milhões ao governo
Eisenhower foi anunciado que seriam concedidos apenas 100 milhões de dólares.
Isto
agravou a falta de apoio dos industriais a Getúlio Vargas. Além disso, os
preços subiam e os protestos contra o governo foram se multiplicando.
Um dos
maiores opositores de Vargas, contudo, era o jornalista Carlos Lacerda,
proprietário e redator do jornal carioca “Tribuna da Imprensa”. Além disso, era
filiado a UDN (União Democrática Nacional), partido opositor a Getúlio Vargas.
Atentado da rua Tonelero
Em 5 de
agosto, de 1954, Lacerda sofre um atentado quando chegava no seu edifício
situado na rua Tonelero, no Rio de Janeiro. O segurança, o major Rubens Vaz,
morre, porém Lacerda é apenas ferido.
A
investigação realizada aponta que o mandante do crime seria Gregório Fortunado,
chefe da guarda presidencial de Getúlio Vargas. A partir de então, o próprio
presidente passaria a ser visto como cúmplice. Afinal, Fortunado teria agido
sozinho ou teria recebido ordem do chefe para atentar contra a vida de Lacerda?
A oposição,
concentrada na UDN, exige a renúncia de Vargas, em 9 de agosto. No dia 22 foi a
vez da Aeronáutica, seguida pela Marinha e o Exército, enviarem cartas a Vargas
com o mesmo pedido.
Ameaças de golpe militar e solução extrema
No dia 23
de agosto, o presidente reúne os ministros para analisar a situação política e
decide entrar em licença até as investigações do crime da rua Tonelero serem
concluídas. No entanto, na madrugada do dia 24, Vargas se suicida dando um tiro
no coração, pondo fim a tentativa de golpe articulada pelas Forças
Armadas.
O
vice-presidente Café Filho assume a presidência do Brasil até as eleições serem
realizadas.
O velório
de Getúlio Vargas atraiu uma multidão ao Palácio do Catete. O caixão foi
acompanhado por milhares de pessoas que o levaram até o aeroporto e dali seguiu para
são Borja (RS), cidade natal do mandatário.
No Rio de
Janeiro, a população queimou caminhões dos jornais da oposição, depredou a redação
da “Tribuna da Imprensa” e a embaixada americana.
Resumo da morte de Getúlio Vargas
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Atores |
Getúlio Vargas,
Carlos Lacerda, Forças Armadas |
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Período |
Agosto de 1954 |
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Antecedentes |
Atentado a Carlos
Lacerda, descontentamento da população, pouco apoio dos EUA. |
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Causas |
Perda do apoio dos
militares |
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Consequências |
Fim da tentativa do
golpe militar e Café Filho assume a presidência |

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